De acordo com Freud e a psicanálise o feminino é um saber inesgotável que está sempre aberto a novas indagações e respostas.

Ser mulher é um desafio constante. E umas porcentagens das mulheres apesar de várias dificuldades e lutas estão a cada dia conquistando mais o seu espaço e o seu lugar onde elas quiserem.

Algumas das mulheres independentes estão buscando e realizando suas possibilidades de ser e viver os seus sonhos sendo elas mesmas, sem dependerem emocional e financeiramente dos homens, o que as tornavam submissas aos homens e omissas as suas próprias vontades, desejos, sonhos.

Outras mulheres independentes encontram dificuldades para estabelecerem relacionamento amoroso duradouro, devido à independência delas, deixar alguns homens intimidados. Desta forma, algumas destas mulheres estão optando pela inseminação artificial para realizarem seu desejo de ser mãe. Pois muitas adiaram a maternidade por um tempo, enquanto estavam focadas na vida acadêmica e buscando uma estabilidade financeira.

E para outras mulheres a independência feminina gerou vários papéis para desempenharem: estudar, trabalhar fora, ser mãe, cuidar do(s) filho(s), cuidar da casa, sustentar a casa, há aquelas que ainda sustentam o marido, cuidar dos pais ou sogros, estar vistosa, bem arrumada, boa aparência, e na maioria das vezes, tudo ao mesmo tempo. E assim, várias mulheres independentes tornam se sobrecarregada, cansada fisicamente, mentalmente e emocionalmente e elas se cobram muito para dar conta de tudo, estas mulheres tornaram se a mulher maravilha do desenho, com super poderes que muitas vezes, elas se perguntam como conseguem dar conta de tudo e de onde tiram tanta força.

A vivência feminina atual é permeada por uma multiplicidade de papéis, no qual as mulheres se tornaram verdadeiras equilibristas na busca de novas oportunidades e possibilidades, mas que vieram acompanhadas de novas responsabilidades.

E há aquelas mulheres que escolhem se dedicarem apenas ao lar, e não trabalhar fora, o que não reduz suas responsabilidades, mas em tempos em que se valoriza a independência feminina, essa opção também vem acompanhada de questionamentos.

As possibilidades de vivências das mulheres foram ampliadas, mas continuam acompanhadas das cobranças feitas tanto pela sociedade, como também pela própria família. Desta forma, diversas mulheres acabam cobrando a si mesmas e se deixando de lado, para darem conta de cumprir a tantos compromissos e satisfazerem às expectativas geradas.

Compete, portanto, a mulher transcender o papel que lhe foi imposto, descobrir qual forma de ser melhor a representa, melhor a satisfaz, fazer as escolhas que melhor as convém e construir a sua subjetividade, a sua maneira única de ser, que a diferencia das demais.

Uma das maiores fragilidades de numerosas mulheres é a submissão, que foi diminuída em relação aos homens, mas ainda é grande em relação ao que a sociedade impõe e espera das mulheres.

A terapia pode ajudar as diversificadas mulheres, a enfrentar as ambiguidades que a permeiam, relacionadas à procura dos seus lugares no mundo e ao encontro desses lugares, não é uma tarefa fácil, no entanto, a terapia pode auxiliar as mulheres no autoconhecimento, a descobrirem sobre si mesmas, a promover a busca pelo empoderamento da vida delas, através de suas próprias escolhas de ser aquilo que desejarem ser!

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